sexta-feira, 20 de julho de 2012

Leão "Eu Sou Eu e Ele Sou Eu"


Leão: “Eu Sou Eu e Ele Sou Eu”





Quinto signo do zodíaco, Leão é o segundo fogo, o fogo da Alma. Signo do coração é regido pelo Sol, estrela central e mais brilhante do nosso sistema. Em Leão Eu Sou e irradio criativamente o “meu Eu Sou”. É em Leão que me encontro como expressão individualizada do Universo. Irradio vida, calor, brilho, vitalidade… encontro o poder da vontade que me vem do centro.

A consciência de massa ganha em caranguejo, dá lugar à consciência individual… Ganho uma identidade não porque me identifico com algo exterior, mas porque Eu Sou! Em Leão ofereço ao Mundo as minhas criações - sejam filhos e/ou os meus talentos... os meus dons.

Num tempo em que a necessidade de mudança se torna urgente, o apelo do Nós Somos é cada vez mais sentido por cada um de nós… acredito que ninguém chegará ao Nós Somos sem ter encontrado o Eu Sou. Aqui reside o grande equívoco – Ser centrado não é a mesma coisa do que ser ego-centrado. Ser auto-consciente não é a mesma coisa que ser egoísta. Ser uma expressão individualizada do Criador, ser criativo, não é Ego. Em Leão encontro o que em mim, dentro de mim, me torna especial… Só quando encontro a minha própria Luz, o Divino em Mim, posso ajudar os outros a verem a Sua. Encontro a coragem para ser a verdade de mim próprio, que me responsabiliza pelo serviço (Virgem), pela partilha do meu fogo em liberdade e comunhão (Aquário)… sem me perder. Só aí estarei pronto para me dissolver em Peixes.


Madre Teresa resumiu bem a Nova Era: “Acredito no contacto pessoa a pessoa (Leão) e que Deus está em todos (Aquário).”


Ao nível da personalidade, o Sol dá consciência do Eu, nem que para isso o faça sentir separado do outro. Assim, em Leão, numa primeira fase, o Ego fortalece-se e cresce no medo... de não ser amado, aprovado pelo que é. Podem criar-se muitas ilusões sobre quem se É quando se vive do lado de fora, longe do centro. Neste primeiro nível, o regente da personalidade é o Sol físico que necessita do brilho e do aplauso, depende do reconhecimento… ainda não sabe quem é… e na exuberância da sua coroa espera que o mundo o veja, tornando-se quem não é para obter respeito, amor... desrespeitando-se continuamente. A grande necessidade de aprovação, o medo do ridículo, o medo da exposição ou o não reconhecimento da sua especialidade pelo mundo, fecham-no… na arrogância que lhe vem do vazio de estar a faltar à verdade do Eu Sou. Muitas vezes justifica-se pelas suas criações... os filhos, que lhe devolvem noção de ser.


Ao nível da Alma o Sol também é o regente, mas é o coração do Sol, focalizado, consciente de que quem domina é a Alma. A personalidade passa a ser um veículo para expressar a Alma. É a morte do Ego simbolizada no mito pela morte do Leão de Neméia. Quando ganha esta consciência, o coração abre-se e o Homem percebe que é uma estrela entre muitas estrelas e brilha a luz da consciência individual. Encontra os seus dons, os seus talentos únicos e especiais e oferece-os ao mundo. A partir daqui começa a actuar também a energia de Aquário. No nível Monádico, o Sol é também o regente, mas aqui, encontramos o Self, a síntese de todas as funções da psique. Abre-se uma consciência maior.

“Leão rege os reis e a monarquia; Aquário rege o homem comum e a democracia; o Sol como “rei” tem de aprender a servir o homem comum ou, na situação inversa, temos de aprender que todos trazem um “rei” dentro de si (…) Os indianos fazem isso simbolicamente quando se encontram: juntam as mãos, inclinam-se e dizem: “Namaste” (Eu inclino-me diante da divindade que há em ti). Dessa maneira, Aquário dá equilíbrio a Leão, tal como o fazem todos os signos opostos”. In O Simbolismo Junguiano na Astrologia de Alice O. Howell


Nem todos temos o Sol ou outros planetas em Leão, nem todos nos necessitamos do palco, do aplauso, da exuberância … mas todos precisamos de nos sentir especiais, não há nada mais humano. "O princípio criativo tem uma benção inata muito especial. É exactamente o primeiro hexagrama do I Ching, O Livro das Mutações. Criar é imitar o Criador. É a própria inspiração da vida em si. Por isso, tudo o que você cria é um reflexo da sua interpretação do poder criativo do seu Deus. A criatividade, portanto, acarreta uma pesada responsabilidade. Seja qual for a interpretação que você dê à ideia de divindade, parece provável que estamos nesta Terra com o propósito de expressar a criação" (Matin Schulman in O Ascendente Sua Porta Kármica).

Encontrar a especialidade em nós, encontrar o Eu Sou e expressá-lo criativamente cumprindo a verdade de quem somos é o arquétipo de Leão e todos o temos no caminho.


Frases de Leão:


Personalidade – “Que as outras formas existam, Eu Sou porque Sou”


Alma – “Eu Sou Eu e Ele Sou Eu”



Vera Braz Mendes



sexta-feira, 13 de julho de 2012

It's a kind of magic

Magic, Magic, Magic...



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It’s a kind of magic, magic, magic. É uma espécie de magia. A vida é uma espécie de magia. Sempre que oiço esta música dos Queen entro imediatamente num estado de alegria e bem-estar. O sorriso nos lábios é automático. O portal abre-se e eu entro na minha máquina do tempo. De repente estou na adolescência. E estou mesmo lá! Vejo, oiço e sinto como se lá estivesse. E de certa forma estou. Esta música invoca em mim boas memórias. Entro num mundo de fantasia maravilhoso. E eu gosto! Muito!

Decerto que já aconteceu o mesmo contigo, várias vezes. A música põe-nos de facto a viajar. É uma âncora poderosa. Em Programação Neurolínguistica (PNL), chamamos âncoras ao processo no qual um estímulo externo é associado a um estado interno ou a um conjunto de representações internas - um estímulo recebido através dos sentidos, provoca imediatamente um estado emocional que nos predispõe a pensar, sentir, agir de determinada maneira.

As âncoras ocorrem naturalmente através de estímulos auditivos, visuais ou cinestésicos (toques e cheiros, por exemplo). Todos temos âncoras. Gatilhos externos que, sempre que accionados,nos provocam estados emocionais, quer positivos quer negativos, e transportam-nos para o tempo e espaço onde esse estado emocional esteve presente. A âncora acciona o sistema neurológico e leva-nos ao estado interno que está associado àquela experiência.

Vou contar-te uma história que se passou comigo:

Há uns anos atrás, andava à procura de casa para comprar e fui com o meu marido ver uma. Quando entrei na casa…. Uau! Cheirava a bolo! Imagina agora o cheiro de bolo no forno, consegues? Para onde vais? Pois… foi isso mesmo. De repente vieram a mim todas as memórias felizes que aquele cheiro despertava; família, infância, bons momentos na cozinha, o aconchego… Sim, eu já não estava apenas ali. Eu estava ali a viver as minhas boas memórias. Estava em estado para comprar a casa. Aquela era a casa! Mais tarde, o estudo da PNL e nomeadamente a tomada de consciência do conceito de âncora, fez-me olhar para este episódio de uma outra perspectiva. Comprei aquela casa e fiz uma boa compra, no entanto… que peso teve o cheiro do bolo na decisão?

As âncoras instalam-se naturalmente ao longo da nossa vida mas… E se eu te disser que as podemos instalar propositadamente. E se tivesses um botão? Carregavas no botão e… voilá… Ficavas num estado de confiança; motivação; segurança… Ficavas no estado que precisasses para o momento. This is a kind of magic.

A âncora é uma ferramenta da PNL, criada por Richard Bundler e John Grinder a partir das descobertas feitas pela psicologia behaviorista experimental, e as suas raízes estão nos trabalhos feitos por Pavlov. Ter uma ou várias âncoras talvez não te mude a vida mas vai ser uma boa ajuda em muitas ocasiões. A âncora passa a ser um recurso adicional que tens sempre disponível. A Âncora vai actuar no teu estado, logo, mudará a tua fisiologia e consequentemente o teu comportamento, para além da tua representação interna. Experimenta!



Exercício:

Criar uma âncora:

1) Escolhe o estado desejado, por exemplo, confiança, motivação, calma…

2) Escolhe o local do estímulo, tem de ser um local específico e que possa ser reproduzido sempre que queiras. Para criares a âncora usa um toque no teu corpo, por exemplo no nó de um dedo, no centro do peito.

3) Lembra-te de uma situação em que vivenciaste esse estado. De certeza que já houve alturas na tua vida em que esse estado estava presente, em que sentiste essa…. (confiança, motivação, calma). Vai para essa altura e “entra dentro do teu corpo”. Vê o que estavas a ver na altura, ouve o que estavas a ouvir, sente o que estavas a sentir, o que dizias a ti próprio. Nota como o teu corpo muda. Entra nessa memória o mais que puderes. Expande a experiência e permite que tudo o que sentiste na altura se intensifique AGORA. Vive o mais que puderes e, quando achares que chegaste ao auge da intensidade emocional da experiência, acciona o estímulo, pressiona o local do teu corpo que escolheste durante mais ou menos trinta segundos, ao mesmo tempo que continuas a vivenciar a experiência.

(Este é o passo mais importante no processo de ancoragem, quanto mais intenso for o estado vivenciado, maior o sucesso da âncora.)

4) Quebra o estado, faz uma pausa. Levanta-te, pensa noutra coisa, podes inclusive sacudir o corpo.

5) Testa a âncora – acciona o estímulo e verifica se entras no estado a ele associado. Se achares que não está satisfatório, retoma o procedimento a partir do passo 3.

Durante os próximos dias vai accionando a âncora para que ela se fortaleça.

Nota: É mais fácil instalar uma âncora se tiveres a ajuda de alguém que te vá guiando. No entanto, as âncoras mais poderosas são as instaladas quando estamos a viver um estado. Assim, da próxima vez que estiveres numa situação a viver intensamente um estado positivo, lembra-te de associar esse estado a um estímulo e faz uma âncora.



Vera Braz Mendes