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quarta-feira, 24 de abril de 2013

25 de Abril - Lua cheia - Eclipse lunar



A Lua Cheia de Touro assinala uma celebração espiritual muito importante. No momento exacto da Lua Cheia em Touro, é celebrado a cerimónia de Wesak. Festeja-se o nascimento, iluminação e morte de Buda.  Esta energia transmite o amor-sabedoria que Buda e Cristo são a expressão. Milhares de cristãos participam também no festival de Wesak. É o encontro espiritual do Oriente com o Ocidente.

 
 
Foi no Signo de Touro que nasceu Siddharta Gautama, e foi numa Lua Cheia de Touro que se tornou Buda, ao meditar sob uma figueira. Buda significa literalmente: “o que está desperto”, “iluminado”. Sabendo que cada um de nós traz em si a natureza, a essência de Buda, a Lua Cheia de Wesak é inundada de um simbolismo especial - um ponto de inspiração, de consciência, um momento para sentir e usufruir das bênçãos, do Amor e Sabedoria disponíveis para todos nós. Buda, é um termo que denota uma pessoa que obteve a sabedoria e a compaixão supremas da iluminação. O Homem atinge o Nirvana, transcendendo assim, o sofrimento e o desejo.
Como já escrevi num post anterior, Touro é a Encarnação. Aprender a lidar com o limite das formas e transcendê-las. Touro é a compreensão da vida como manifestação da substância. Na terra ou em nós, os campos são férteis e os solos esperam a manifestação da vida. Utilizar os recursos, quer exteriores, quer interiores exige sabedoria e um senso claro de propósito. Sem propósito e valores a suportá-lo, caímos na grande ilusão.
Os limites e as formas  que Touro constrói para proteger seu próprio eu, o seu sentido de segurança, as suas posses e seu conforto, são destruídos em Escorpião. Escorpião aprende que a evolução não permite estagnação ou apego. Em escorpião aprendemos que evolução é regeneração constante, morte e renascimento constantes. Em escorpião encontramo-nos com as forças da morte e da vida.  É a conquista dos desejos, utilizando os recursos num propósito mais elevado. Um senso de segurança que não vem do amor à matéria mas da capacidade de nos amarmos, amarmos os outros e amarmos o Planeta. É a abertura do Terceiro Olho, o olho iluminado do Touro.
Este ano, a lua cheia de Touro coincide com um eclipse lunar - sol no grau 6 de Touro e lua no grau 6 de escorpião. No eclipse lunar, Sol, Lua e Terra estão alinhadas entre si.
 
 A Lua, não possuindo luz própria, vai buscar o seu brilho à luz solar. Quando a Terra passa entre os dois astros não deixa que a luz do Sol chegue à Lua. A Lua fica oculta.
 
Para os antigos, eclipses eram razão para grande temor e sinal de catástrofes. Hoje em dia, embora os eclipses continuem a ser ligados a momentos de crise onde muitas vezes escolhas têm de ser feitas, a nossa percepção mudou e percebemo-los como pontos focais de evolução.
 
Num eclipse lunar a lua, a parte de nós ligada ao inconsciente, às emoções, ao passado, a parte de nós carente que reage em busca de segurança, é apagada. Num eclipse lunar o Sol prevalece sobre a Lua. Simbolicamente, é um momento de pura criação. A ocultação da lua permite criar um estado novo na nossa consciência. Dá-nos a real possibilidade de subirmos degraus na escada do nosso destino. Com a ocultação da Lua é como se a memória não funcionasse permitindo-nos vibrar, durante algum tempo, livres das experiências passadas, livres de padrões que nos sufocam e condicionam o crescimento. Estando a minha memória apagada durante algum tempo, o que ganha força é o presente, o aqui e agora. A Terra, o presente, cobre a lua, o passado, criando e abrindo espaço para ser quem sou, o Sol, futuro. Este apagão lunar possibilita a criação de um estado novo. No momento em que a minha memória se desliga, há também uma série de condicionamentos activados constantemente por ela que são também desligados. Este descondicionamento, em última análise, permite-me Ser Mais. Por isso, do meu ponto de vista, não podemos desligar o eclipse lunar na lua cheia, do solar que o antecedeu na lua nova. Se o eclipse solar traz ao de cima o que não faz mais falta e ali se semeia uma nova possibilidade, na lua cheia, há uma maturação do processo. Assim, com a ocultação da Lua, podemos “limpar” o que o eclipse solar pôs a descoberto.

Como a Juliana Estevez afirmou num seminário sobre eclipses que assisti há uns anos atrás; “Entre a ideia de que tenho que agir para construir o meu destino, ou tenho de aceitar passivamente aquilo que fui e sou e incorporar o que for que a vida me trouxer, entre estas duas polaridades, existe o caminho do meio”. O eclipse lunar é o momento onde existe a possibilidade de integrar de uma forma equilibrada, as forças do Sol e da Lua, integrar forças opostas que muitas vezes provocam conflitos, e percebê-las como forças complementares. Há um confronto entre o passado e o futuro, abrindo real possibilidade para que o presente se cumpra por inteiro, de forma a que todo o potencial se realize num futuro próximo. Alguma “tampa” é retirada dando-me a possibilidade de resolver, dissolver, desconstruir velhas cristalizações, sentimentos e condicionamentos antigos aos quais estou apegada porque me dão segurança mas que impedem a minha evolução. Este processo muitas vezes não é consciente. Muitas vezes também não é um processo tranquilo... não estamos habituados ao descondicionamento e, por outro lado, há quem não saiba lidar com ele. Há pessoas que são mais influenciadas pelo eclipse porque cai num ponto essencial do mapa. As casas onde aparece o eixo Touro/Escorpião no nosso mapa vão ser activadas pelo eclipse, assim como planetas que estejam principalmente nos signos fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário).
 
No eclipse de amanhã, devemos estar atentos a tudo o que passar na nossa mente; insights, decepções, ideias, decisões…. O impulso para novas possibilidades pode guiar-nos e libertar-nos porque o peso da memória, do medo, é ocultado.
 
Símbolos Sabeus do eclipse
 
6 Touro
 
"Ponte formada por cantiléveres estendida sobre uma garganta profunda.

Ideia básica: A conquista do isolamento por meio da cooperação num grupo.

A pessoa que sofreu privações e solidão pode dar nova substância à sua própria vida emocional por meio da participação num projecto colectivo.

Todos os grandes desafios evolutivos implicam a superação de dificuldades básicas. Deve-se dar um passo adiante; e, no entanto, um abismo confronta o homem em processo de evolução. Já não se trata de um Vazio pessoal - "um túmulo aberto" -, mas um precipício que é parte integrante da "terra" através da qual a evolução do homem deve seguir. Deve-se constituir um elo de ligação por meio do poder da mente colectiva do grupo ou da comunidade mais ampla, com base no legado do passado, para fazer uma ponte sobre a garganta.

Eis o primeiro estágio do processo quíntuplo de "substanciação". A ponte construída pelo homem a partir da habilidade colectiva dá substância à capacidade do homem no sentido de vencer obstáculos e de alcançar a continuidade evolutiva, bem como a expansão no espaço, e demonstra essa capacidade".
 
6 Escorpião
 
"A corrida do ouro afasta os homens do seu solo natal.
 
Ideia básica: A busca apaixonada de novos valores, os quais prometem, em qualquer nível, uma vida mais abundante.
 
A grandeza do homem reside no facto de ele sempre poder ser maior; da mesma maneira, no nível emocional, a "cobiça" do homem pode ser atiçada com mais facilidade por tudo aquilo que prometa mais riqueza, mais poder e realizações cada vez maiores em todos os níveis, espirituais e materiais. Além desse despertar da cobiça, há o desejo, profundamente arraigado, de desempenhar um papel mais importante ou espetacular na sociedade ou comunidade de que se é parte. A cobiça é a intensificação obsessiva do sentido social, assim como a luxúria é a intensificação obsessiva do anseio de amor. Nesse nível de escorpião, o anseio é de uma união sempre mais intensa e todo-absorvente com uma pessoa ou comunidade - um anseio que motiva a busca de meios mais eficazes de obtenção de uma experiência de sentimento o mais total possível.

(...) este estágio dramatiza a capacidade do homem no sentido de apartar-se do conhecido e familiar, jogando tudo numa visão ou sonho. A palavra chave é avidez.

In Uma Mandala Astrológica - Dane Rudhyar

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eclipse Lunar - Oportunidade Para Ser




Eclipse Lunar – Oportunidade para Ser






No próximo dia 4 de Junho vai ocorrer um eclipse parcial da Lua, com a lua no grau 15 de Sagitário e o Sol no grau 15 de Gémeos. Um eclipse lunar ocorre por ocasião da lua cheia assim como o eclipse solar por ocasião da lua nova.
No eclipse lunar, Sol, Lua e Terra estão alinhadas entre si e a Lua fica imersa na sombra umbral da Terra. A Terra fica entre o Sol e a Lua. A Lua, não possuindo luz própria, vai buscar o seu brilho à luz solar. Quando a Terra passa entre os dois astros não deixa que a luz do Sol chegue à Lua. A Lua fica oculta.

O Eclipse parcial do próximo dia 4 de Junho vai ser visível na Austrália e Oceano Pacífico.

Para os antigos, eclipses eram razão para grande temor e sinal de catástrofes. Hoje em dia, embora os eclipses continuem a ser ligados a momentos de crise onde muitas vezes escolhas têm de ser feitas, a nossa percepção mudou e percebemo-los como pontos focais de evolução.

Num eclipse lunar a lua é literalmente apagada. A lua, a parte de nós ligada ao inconsciente, às emoções, ao passado, a parte de nós carente que reage em busca de segurança, é apagada. Num eclipse lunar o Sol prevalece sobre a Lua. Simbolicamente, é um momento de pura criação. A ocultação da lua permite criar um estado novo na nossa consciência. Dá-nos a real possibilidade de subirmos degraus na escada do nosso destino. Com a ocultação da Lua é como se a memória não funcionasse permitindo-nos vibrar, durante algum tempo, livres das experiências passadas, livres de padrões que nos sufocam e condicionam o crescimento. Estando a minha memória apagada durante algum tempo, o que ganha força é o presente, o aqui e agora. A Terra, o presente, cobre a lua, o passado, criando e abrindo espaço para ser quem sou, o Sol, futuro. Este apagão lunar possibilita a criação de um estado novo. No momento em que a minha memória se desliga, há também uma série de condicionamentos activados constantemente por ela que são também desligados. Este descondicionamento, em última análise, permite-me Ser Mais.

Como a Juliana Estevez afirmou num seminário sobre eclipses que assisti há uns anos atrás; “Entre a ideia de que tenho que agir para construir o meu destino, ou tenho de aceitar passivamente aquilo que fui e sou e incorporar o que for que a vida me trouxer, entre estas duas polaridades, existe o caminho do meio”. O eclipse lunar é o momento onde existe a possibilidade de integrar de uma forma equilibrada, as forças do Sol e da Lua, integrar forças opostas que muitas vezes provocam conflitos, e percebê-las como forças complementares. Há um confronto entre o passado e o futuro, abrindo real possibilidade para que o presente se cumpra por inteiro, de forma a que todo o potencial se realize num futuro próximo. Alguma “tampa” é retirada dando-me a possibilidade de resolver, dissolver, desconstruir velhas cristalizações, sentimentos e condicionamentos antigos aos quais estou apegada porque me dão segurança mas que impedem a minha evolução. Este processo muitas vezes não é consciente. Muitas vezes também não é um processo tranquilo... não estamos habituados ao descondicionamento e, por outro lado, há quem não saiba lidar com ele. Há pessoas que são mais influenciadas pelo eclipse porque cai num ponto essencial do mapa. As casas onde aparece o eixo Gémeos/Sagitário no nosso mapa vão ser activadas pelo eclipse, assim como planetas que estejam principalmente nos signos mutáveis (Gémeos, Sagitário, Virgem e Peixes).
Embora este eclipse seja parcial, não tendo tanta força como um eclipse total, não posso deixar de lhe dar significado e um significado muito positivo e potenciador, porque não posso não deixar de o relacionar com a Vénus Cazimi, acontecimento de dia 6 de Junho sobre o qual escrevi no artigo Vénus - Amor no Coração do Sol. Vejo o eclipse como uma preparação para que o evento de Vénus seja ainda mais brilhante. Podem também ler sobre a Lua Nova de Gémeos e o eclipse solar (que aconteceu no dia 20 de Maio) aqui

No eclipse de dia 4, devemos estar atentos a tudo o que passar na nossa mente; insights, decepções, ideias, decisões… porque vão ser profundamente desenvolvidas nos próximos meses depois do eclipse e até ao próximo eclipse lunar. É como se alguma coisa se revelasse, trazendo algo que é essencial para a integração das energias opostas e por isso complementares. O impulso para novas possibilidades pode guiar-nos e libertar-nos porque o peso da memória, do medo, é ocultado.


Grau ocultado pelo eclipse

15 Sagitário

“A marmota procurando sua sombra no dia da marmota, 2 de Fevereiro

Ideia Básica: O valor da antecipação de novo rumos dos eventos e da determinação de perspectivas futuras.

Em nossa moderna sociedade industrial, em que as mudanças e as decisões de política com frequência requerem vários anos até alcançarem sua plena realização, tornou-se essencial planear levando em consideração os prováveis desenvolvimentos futuros. Esse planeamento exige um estudo das tendências passadas e extrapolação dos resultados. O símbolo implica, acima de tudo, uma sensibilidade para com os ritmos sociais ou planetários, bem como a necessidade de garantir uma segurança pelo menos relativa por meio do planeamento que considere o futuro.
…Há algo dos significados dos quatro primeiros estágios envolvidos no processo que ele sugere. Em sua forma mais elevada, o conhecimento requerido é “consciência eónica” -, em termos modernos, a nova ciência Prospectiva”


Grau do Sol

15 Gémeos
“Duas crianças holandesas conversam entre si, trocando conhecimentos.
Ideia básica: A necessidade de esclarecer as próprias experiências por meio de contactos reais com indivíduos que pensem da mesma maneira.

… As experiências transcendentais e as faculdades paranormais devem ser testadas e esclarecidas através de meios normais e colectivamente experimentados de comunicação – o que pode significar: por meio de procedimentos científicos. As “crianças holandesas” parecem ter sido introduzidas pela mente subconsciente da formuladora do símbolo em razão de uma associação com a lisura e o espírito aberto de discussão que prevalece na Holanda. Elas são “crianças” porque as novas experiências ainda são muito frescas e requerem esclarecimento; isso exige uma mente limpa e aberta, ansiosa por testar aquilo que é experimentado numa troca de pontos de vista com os pares.

Este é o último estágio da décima quinta sequência quíntupla de símbolos. Ele fecha a cena da “descoberta”. Toda a descoberta deve ser testada, devendo ter sua validade verificada. Nas velhas culturas tribais, os “grandes sonhos” de um homem eram aceites como válidos e produziam uma acção correspondente apenas quando os companheiros de tribo tivessem um sonho semelhante. A necessidade de objectividade tem de ser satisfeita; isso implica a confirmação de tudo o que for compreendido subjectivamente a partir de alguma experiência semelhante. Implica ainda o tipo de dualismo inerente a todas as experiências, assim como conceitos, de natureza mental.”


In Uma Mandala Astrológica – Dane Rudhyar


Vera Braz Mendes