domingo, 26 de janeiro de 2014

Lua Nova de Aquário - Dicas e mais dicas


Lua nova de Aquário





A lua nova de aquário será no próximo dia 30 de Janeiro no grau 11 deste signo às 21h40m (hora de liboa).

No mapa desta Lua nova, destaco a T square entre Vénus e Plutão em capricórnio opostos a Júpiter em Caranguejo, quadratura a Úrano em Carneiro. Em especial, a oposição da conjunção Vénus/Plutão em capricórnio a Júpiter em Caranguejo. Positivamente os dois luminares (Sol e Lua) em Aquário fazem um sextil muito construtivo a Úrano (regente de Áquário) em Carneiro. Por isso, cuidado com a intensidade das suas necessidades afectivas, com a necessidade de ter a “verdade”. Reveja os seus valores, reveja as motivações que estão na base dos seus relacionamentos. Liberte-se do medo de ser rejeitado, de carências. Viva os relacionamentos em verdadeira comunhão e partilha. Tenha coragem para ser quem É. Abra-se ao novo e liberte-se da “tradição” que aprisiona.

Inspire-se no Símbolo sabeu do grau 11 de Aquário

“Num momento de silêncio, vem a um homem uma nova inspiração, capaz de mudar-lhe a vida.

Ideia Básica: A necessidade de confiar na inspiração e na orientação interiores no início de novos desenvolvimentos.

Está implicado aqui o valor essencial da atitude de nos mantermos abertos à descida de forças espirituais ou da Alma, em especial quando um novo período de actividade individual está prestes a iniciar-se. O indivíduo não deve depender principalmente das circunstâncias externas, nem de incentivos tradicionais -, e num certo sentido, externos, porque colectivamente formulados. Há um poder criativo interior, um poder que pode ser descoberto, ou melhor, um poder que devemos deixar fluir no cérebro-consciência ou nas mãos que escrevem ou dão formas originais aos materiais.

(…) Refere-se ao ofuscamento da consciência individual por um Poder interno e, não obstante, transcendente.” – Dane Rudhyar – Uma Mandala Astrológica.


Lunação – Ritual

"O relacionamento do sol e da lua desenrola-se de acordo com um padrão ondulado de aumento e diminuição da luz, ou separação e retorno da lua para o sol. O ciclo começa na lua nova, quando a lua está perdida no brilho do sol." In O ciclo de Lunação - Dane Rudhyar

 Na astrologia, o relacionamento do sol e da lua é o arquétipo base para todos os relacionamentos entre planetas. A relação sol-lua passa por diversas fases durante o ciclo.

 Na lua nova, a lua é impregnada pela energia vital solar. Como nos diz Rudhyar, "O sol liberta a sua emanação espiritual por ocasião da lua nova". Um novo ciclo de experiência começa, por isso, é um bom momento para rever os nossos compromissos e estabelecer objectivos.

 Durante os três dias que antecedem cada lua nova, a fase balsâmica da lua, podemos libertar o excesso de peso que trazemos às costas na nossa "mochila". É uma fase de meditação, de reflexão sobre o que temos que libertar porque não faz falta para o ciclo que se vai iniciar. É como a história do mestre Zen: O mestre Zen está com um novo discípulo a tomar chá. O mestre pega no bule e enche a chávena do discípulo. A certa altura, a chávena já está cheia, começa a verter, e o mestre continua a enchê-la. O discípulo, aflito, grita; "mestre o que está a fazer? a chávena já está cheia, está a transbordar" e o mestre responde; "a tua mente é como esta chávena de chá. Como é que posso ensinar-te alguma coisa se já está cheia?" Só quando vazamos a nossa chávena é que podemos experimentar um novo e delicioso chá.

 Assim, na lua nova, temos a oportunidade de nos alinharmos com a energia que está a ser libertada. É altura de lançar sementes

Cada lua nova dá-nos a oportunidade de nos alinharmos com a energia que está a ser libertada. É o início de um novo ciclo e, portanto, uma excelente oportunidade de estabelecermos objectivos de acordo com o que o Céu propõe.

“O período da lua nova pode ser um ponto apropriado para se iniciar novas actividades, promover reorientações pessoais interiores, e tomar novas direcções.

O desafio com que nos confrontamos na lua nova é a expressão da nossa natureza em actividade, principalmente em movimento para fora de nós mesmos em direcção ao ambiente. Isto pode incluir o vislumbre do que desejamos manifestar em nossa vida, a perspectiva do caminho que vamos seguir, tomando as decisões para mudar áreas insatisfatórias de nossa vida e empreender novos começos. É uma fase de renovação, e é esta energia que podemos utilizar para auxiliar as nossas tentativas de mudança.

Esta energia de renovação reflectida pela lua nova irá estimular a área denotada pela casa onde ela está colocada e especialmente qualquer planeta em aspecto, seja natal ou transitório. A energização da casa onde a lua nova está posicionada pode oferecer o potencial de renovação nesta esfera particular da vida, seja de estimulação de acções ou decisões esclarecidas, ou de conscientização do seu significado na vida individuo. (…) A activação dos planetas natais pelos aspectos com a lua nova é muito importante, especialmente os contactos de conjunção, quadratura e oposição, quando as tendências, qualidades e potenciais dos planetas natais envolvidos são activados em vitalidade renovada. Isto pode significar que o planeta é realçado na psique pessoal, movendo-se para o primeiro plano da consciência e tendo o seu papel mais influente ao retransmitir mensagens à consciência ao tentar instigar mudanças necessárias, reequilibrando ou indicando novas direcções, a fim de evocar o seu próprio potencial. (…) A conjunção permite que façamos uma conexão interior mais profunda com o planeta contado, e isto libertará um novo impulso, que vai crescer e emergir lentamente na consciência. (…) Com os aspectos de conjunção formados pelas lunações (lua nova ou cheia), a ênfase é colocada na expressão ou vivência desta energia planetária em especial. (…) O ponto essencial a ser lembrado na fase da lua nova é que o ciclo está sendo renovado; é uma oportunidade para mudar, redireccionar, de clarear as intenções pessoais em relação ao planeta, casa e signo particularmente envolvidos. (…)” In A Rainha da Noite – Explorando a lua astrológica – Haydn Paul

Como fazer?

Mensalmente, depois da lunação (e nunca antes), tem mais ou menos 8 horas para formular os seus objectivos.

Comece por anotar a data e a hora, o signo em que ocorre a Lua Nova, a casa astrológica do seu Mapa Natal em que se dá a Lunação e os aspectos que faz aos planetas do seu Mapa astrológico. (no final do texto, encontra uma brevíssima descrição de cada casa astrológica)

A abundância nasce da gratidão e, por isso, antes formularmos os objectivos de cada lua nova, temos oportunidade de agradecermos o que queremos que termine na nossa vida em relação a essa energia (signo), experiência de vida (casa astrológica) ou parte de nós (planeta). A melhor altura para o fazer, é durante a fase balsâmica da lua, ou seja, nos dois dias e meio que antecedem a lunação. Consciencializamos, reflectindo sobre o que vivemos, o que aprendemos, quais foram os maiores desafios e as maiores conquistas, o que queremos que continue e o que queremos deixar para trás. É um bom momento para reconhecer, aceitar, agradecer e “deixar ir” o que já não contribui para crescer - pensamentos, emoções, ressentimentos, comportamentos, relações, medos, padrões… - e que continuamos a manter na nossa vida. Que tal tirarmos uns minutos e ritualizar o momento? Acendendo uma vela... meditando... orando... escrevendo.... encerrando ciclos. Agradecemos o propósito que teve na nossa vida, e deixamos ir.

Depois da lunação

 É então tempo de criar, formular objectivos, lançar sementes, deixar entrar o novo. Este é o momento para escolher quem quer ser!

Ritualizando o momento

Não se apresse e dedique algum tempo mensalmente para este ritual… o mais importante é consciencializar que está a alinhar-se com o Universo. Por isso, pense no que realmente QUER, no que realmente é importante para o seu caminho, para cumprir o seu propósito. Medite sobre cada objectivo e sinta se está em consonância com o seu ser profundo. Escreva cada um deles (pode mesmo ter um caderno especial que usa só para este efeito). Acenda uma vela. Visualize os seus objectivos, um a um, como se estivessem a acontecer AGORA. Formule os objectivos de acordo com as chaves para uma boa formulação de objectivos. (*)

Aquário – “Eu vejo o todo em movimento” – Impulso para a liberdade, individualismo, diferença (às vezes excentricidade”. Espírito de grupo no sentido da procura de um ideal – o grupo é maior do que a soma de todas as partes. Palavras-chave: Independente, inventivo, visionário, progressista, original, dedicado a uma causa universal.

Imprevisível, rígido, rebelde, radical, excêntrico, individualista, contestatário


(*)

Cinco princípios para o sucesso

1 – Ter um objectivo.

2 – Acção. Obviamente, se soubermos o que queremos mas não agirmos, nada acontecerá.

3 – Acuidade sensorial

4 – Flexibilidade comportamental – ter a capacidade de fazer alterações no próprio comportamento e estado a cada momento.

5 – Operar a partir de uma fisiologia e psicologia de excelência. Pense no que quer, preste atenção à sua mente e tenha a certeza de que a sua fisiologia é poderosa e positiva.


Sempre que estabelecer um objectivo, deve ter em atenção as condições para uma boa formulação de objectivos.

O que é um objectivo?

Um objectivo é um programa neurolinguístico que tem como fim instruir e dirigir o sistema neurológico na realização do acontecimento que se deseja.

Condições para objectivos bem formulados

1-            Expresso de forma positiva

2-            Iniciado e mantido pelo próprio

3-            Descrição específica e sensorial do objectivo e os passos necessários para lá chegar.

4-            Ecológico (congruente, alinhado consigo)

5-            Mais de uma forma de chegar ao objectivo.

6-            Específico e atingível

7-            Aumenta a capacidade de escolha?


Objectivos  SMART

Specific (simple)

Measurable (Meaningful to you)

As if now

Achievable

All Areas of your Life

Realistic

Responsible/Ecological

Timed

Toward what you want


Brevíssimo resumo do significado das Casas Astrológicas para que possa usar a lunação


Casa I (Ascendente) 

(Afinidade natural com o signo Carneiro) descreve o momento do meu encontro com o mundo externo. Este signo fala da minha atitude genérica ao abordar novas experiências, para me afirmar no mundo.

Inícios; aparência física; auto-afirmação; sentido identidade. A minha auto-descoberta e afirmação independente

Casa II

 (Afinidade natural com o 2º signo - Touro) Os recursos internos (auto-valor), segurança material, dinheiro, os valores adquiridos e por adquirir, o que pode ser desenvolvido para melhorar ou assegurar a sobrevivência material. A forma como lidamos e utilizamos os nossos recursos internos e externos.

Dinheiro; recursos; valorização pessoal, material; talentos; auto-sustentação

A segunda casa descreve aquilo que possuímos, os recursos que, quando desenvolvidos, nos darão um sentido de substância, valor, merecimento. Embora a segunda casa seja associada ao dinheiro, interiormente ela está ligada a auto-valor, pois, a forma como nos valorizamos e a nossa relação com o dinheiro têm muito em comum.

Casa III

 (Afinidade natural com o 3º signo - Gémeos) - A comunicação, a escola, o tipo de vida quotidiana, as relações com irmãos e vizinhos, as viagens domésticas, a inteligência concreta, a forma de pensar...

 Comunicação/ambiente do dia-a-dia; relacionamentos próximos; irmãos, Mente; escola; vizinhos; aprendizagem; comunicação; interesses intelectuais; viagens curtas.

Casa IV/Fundo do Céu

 (Afinidade natural com o 4º signo - Caranguejo) O passado, as origens, a família, hereditariedade, inconsciente pessoal, a influência psíquica dos pais (segundo alguns astrólogos representa a herança psíquica do pai; segundo outros, a do progenitor do sexo oposto), a pátria, a vida íntima e o lar...

Família; alicerces e fundações pessoais, casa, inconsciente individual, fundação emocional, passado pessoal, lar – As minhas raízes emocionais, o mais íntimo de mi.

Casa V

(Afinidade natural com o 5º Signo, Leão): - a criatividade, os filhos, os amores, o jogo, o comportamento amoroso, os desportos, as artes, os divertimentos e tudo o que represente a expressão espontânea e criativa da individualidade...

Expressão criativa; filhos, romance, jogo, divertimento; identidade – A minha expressão criativa

Casa VI

(Afinidade natural com o 6º Signo, Virgem): - as tarefas rotineiras do quotidiano, técnicas e metodologias de aperfeiçoamento, ambiente trabalho, a forma de relacionamento com subordinados e pessoal doméstico, saúde, serviço. Área de vida onde precisamos analisar, assimilar e aperfeiçoar de forma a sermos mais produtivos na vida quotidiana

Trabalho, saúde, serviço, técnicas aprimoramento, higiene, rotina, animais domésticos, serviço.

Casa VII

(DC; afinidade natural com o 7º Signo, Balança): - as associações com outra pessoa ou grupos de pessoas, o casamento, parceria amorosa ou de negócios. Poderá indicar o tipo de pessoa por quem nos sentimos atraídos; o segundo filho.

Relação, contratos, sociedades, casamento, inimigos declarados, 2º filho. As minhas relações significativas e parcerias.

Casa VIII

 (Afinidade natural com o 8º Signo, Escorpião): - o inconsciente pessoal, morte e  renascimento -  processos psíquicos de transformação -  bens resultantes de ligações com os outros (o cônjuge), valores dos outros, heranças, sexualidade e tudo o que é oculto.

Morte, transformação, sexo, tabus, valores dos outros, heranças, psiquismo, finanças partilhadas, crises.

Casa IX

(Afinidade natural com o 9º Signo, Sagitário): - o alargamento das fronteiras internas e externas, filosofia, fé, religião, estudos superiores, pensamento abstracto, as viagens ao estrangeiro, os parentes por afinidade, especialmente os cunhados, o segundo casamento.

Filosofia, viagens, ensino superior, religião, dogmas, cunhados, aventura, estrangeiro, expansão horizontes pessoais – a minha visão do mundo.

Casa X

(MC; afinidade natural com o 10º Signo, Capricórnio): - a vida exterior, a herança psíquica da mãe ou pai, as actividades sociais, a obra a realizar, o destino, a carreira profissional, as honras e recompensas pelos esforços investidos, a celebridade...

Carreira, estruturas sociais, juízes, figuras autoridade, realização profissional, normas sociais, destino.

Casa XI

 (Afinidade natural com o 11º Signo, Aquário): - o que fazer para nos tornarmos maiores do que já somos, o alargamento dos "horizontes" através das amizades, grupos, clubes e associações, tudo o que contribui para o crescimento das acções pessoais.

Grupos, amigos, visões e aspirações futuras, partidos políticos, participação social, visões da sociedade, redes, comunicação global.

Casa XII

(Afinidade natural com o 12º Signo, Peixes): - o inconsciente colectivo, o recolhimento físico e psíquico, privações, tudo o que restringe a liberdade pessoal (hospitais, prisões, conventos), o misticismo... Fé incondicional na vida. O nosso mundo interior profundo, a conexão com a Alma.
 
 
Meditação para a Lua Nova de Aquário - (excerto do livro "Moon Signs: The Key to Your Inner Life" de Donna Cunningham
 
"DEIXO DE LADO TODOS OS ACTOS REBELDES QUE CAUSAM DANO A MIM OU AOS OUTROS.
LIVRO-ME DA RAIVA DAS FIGURAS QUE REPRESENTAM A AUTORIDADE.
ASSUMO A MINHA INDIVIDUALIDADE E RESPEITO A DOS OUTROS.
REVELO E EXPRESSO MINHA GENIALIDADE PESSOAL.
DECLARO MINHA UNIÃO COM A COMUNIDADE HUMANA.
Meditação de Cura:
Pense em algo que o deixa frustrado porque não lhe permite ser quem realmente é, ou que seja a expressão de um dom ou talento singular que você tem. Ou pense em alguma característica especial sua que as pessoas com quem convive, ou a sociedade não apreciam. Imagine um botão de rosa cor-de-rosa no seu plexo solar, que cresce e se transforma numa flor grande e completamente aberta. Peça ao seu eu superior que lhe revele, nos próximos dias, uma maneira de expressar essa parte especial, sem criar atrito com o ambiente. Termine com a declaração REVELO E EXPRESSO A MINHA GENIALIDADE PESSOAL.
PARA OBTER O MÁXIMO DE AQUÁRIO: Pense outra vez em algo que você tenha de especial, alguma contribuição sua ao mundo. Não precisa ser uma contribuição sublime, pois até o seu trabalho de todo o dia contribui de alguma forma para o crescimento da humanidade. Veja qual é a conexão entre o seu trabalho ou alguma faceta da sua vida e as vidas de inúmeras outras pessoas, a maioria das quais você nem conhece. Visualize-se de mãos dadas com as pessoas à sua direita e à sua esquerda, como um elo numa corrente humana que abarca o mundo todo. termine com a declaração DECLARO MINHA UNIÃO COM A COMUNIDADE HUMANA."
Vera Braz Mendes

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Time Line Therapy® - o que é e como funciona.



 


Nós somos uma colecção de memórias. As nossas experiências passadas condicionam o que somos e como agimos. As memórias são registadas e armazenadas durante a nossa vida. A nossa Linha do Tempo é a forma como codificamos as memórias na nossa mente. Se assim não fosse, como saberíamos a diferença entre uma memória passada e um sonho futuro? Todos temos dentro de nós uma forma de codificar o passado, presente e futuro.

Praticamente todas as pessoas armazenam o tempo de uma forma linear e por isso, a diferença está na forma como o organizam.

Normalmente quando falamos fazemos uma descrição do que se passa na nossa mente. Muitas vezes, essa descrição não é metafórica mas sim literal. Certamente que já ouviram alguém dizer “um dia vais olhar para trás e vais rir disto tudo!”… ou “Põe isso para trás das costas!” – O que é que isto significa? Quando as pessoas falam das suas experiências internas de tempo (incluindo gestos), fazem uma descrição literal da sua experiência, ou seja, descrevem literalmente a sua maneira de organização de tempo.
A forma como armazenamos internamente o tempo e de como isso afecta a personalidade vem de várias fontes, incluindo o livro de Edward T. Hall: “A dança da vida”. Para Hall existem 2 tipos de tempo:
O Anglo-Europeu
O tempo anglo-europeu parece ter origem na revolução industrial. A necessidade de pontualidade, de organização para que a indústria funcionasse, a noção de linha de montagem,  conduziu a uma noção de tempo linearmente estruturado, onde há uma sucessão de eventos, um a seguir ao outro e, onde cada um deles se estende da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Assim, se marcarmos um encontro às 10, é às 10.
O Tempo Arábico

Árabes, Islâmicos, países do sul, México e outros países de climas quentes, têm uma noção de tempo completamente diferente. Para eles, o tempo acontece agora. Se marcarmos um encontro às 10h e apareceres às 11, não há qualquer problema, está tudo bem.  No tempo arábico, a noção de amanhã é muito alargada,, como o tempo acontece “ao mesmo tempo e agora”, não existe uma noção real de futuro.

O que vai determinar se cada um de nós usa um ou o outro modelo, é o nosso sistema interno de codificação de tempo.

Há basicamente duas formas de organizar as memórias, de organizar o tempo:

O Anglo-europeu, é o que chamamos de “Through Time” e é caracterizado por uma linha de tempo que se estende da esquerda para a direita ou vice-versa ou, qualquer outra organização que mantenha o passado, presente e futuro à sua frente.

O tipo Arábico de tempo, denominamos “In Time” e é caracterizado por uma linha que se estende da frente para trás, ou qualquer outra combinação de passado, presente e futuro onde uma parte da linha não é visível.

A linha do tempo é um elemento fundamental da nossa personalidade. As nossas memórias, decisões, experiências, boas ou menos boas, estão impressas na LT e determinam como nos relacionamos com o mundo. Termos uma organização de tempo In Time ou Throught Time implica características específicas na forma como lidamos com o tempo e por isso na nossa experiência.

O tempo é uma coisa fascinante e ao mesmo tempo intrigante. Se há pessoas que parecem organizá-lo bem, há outras que nem tanto. Esta ideia de tempo era algo que fascinava Tad James e, depois de ter estudado metaprogramas, começou a desenvolver a Time Line Therapy® em 1984.

A Time Line Therapy® trabalha com a mente inconsciente tirando partido das directivas primárias do Inconsciente e parte do pressuposto principal de que "All learning behavior change is unconscious" (toda a mudança comportamental é inconsciente) . O seu principal objectivo é libertar, desconectar emoções negativas e decisões limitadoras (que são a base das crenças limitadoras), trabalhando conscientemente com a mente inconsciente e por isso, causando uma integração Consciente/Inconsciente.

Então, o que é a Time Line Therapy®?

A Time Line Therapy® é um processo de imaginação activa (imaginação activa do que estamos a sugerir, por isso, quando pedimos a alguém para se imaginar flutuando sobre a linha do tempo, a pessoa terá de activamente imaginar-se a flutuar).

A imaginação activa é usada na Terapia Gestalt. Tudo o que a outra pessoa imagina está sempre certo.

O Time Line Therapy® não necessita do conteúdo das memórias para trabalhar. Na Time Line Therapy®, não trabalhamos com conteúdo, por isso, a pessoa com quem estamos a trabalhar não necessita de entrar no conteúdo das memórias para libertar emoções negativas. Esta é a principal diferença entre a terapia da linha do tempo e outras terapias que trabalham com memórias. No contexto da Terapia da Linha do Tempo®, uma gestalt é "uma colecção de memórias em torno de um determinado assunto, cuja soma total é maior do que as memórias individuais em si seriam. "
Ensinada e aplicada no mundo inteiro, esta terapia foi criada em 1984 por Tad James.  É considerada uma das mais poderosas terapias desenvolvidas dentro das modernas pesquisas sobre a mudança emocional.

Sabe-se que a dificuldade das pessoas em viverem uma vida completa e satisfatória, de conquistarem os seus objectivos e realizarem os seus desejos, está directamente ligada  a decisões limitadoras e a emoções negativas passadas e à falta de especificação dos seus objectivos.

As emoções negativas existem devido às experiências negativas passadas, com as quais não aprendemos e que ficaram "presas" em gestalts que continuam no presente a controlar as nossas experiências, a nossa vida.

A TLT com as suas várias técnicas possibilita a "limpeza" dessas experiências transformando essas emoções negativas. O seu principal objectivo é aprender e guardar as aprendizagens sobre determinado evento. Partimos do pressuposto que qualquer evento tem aprendizagens e, se esse evento nos “prende” através da emoção negativa a ele associado, é porque há aprendizagens a retirar desse evento. As emoções principais são: raiva, tristeza, medo, mágoa e culpa, frustração. As aprendizagens vão servir como recursos futuros.

A Terapia da Linha do Tempo trabalha com o conceito de “causa-raiz”. Encontra de maneira directa o primeiro evento de uma gestalt, reestruturando-o de forma a desconectar todas as emoções ligadas a essa gestalt através de aprendizagens.

Três Razões para as Emoções desaparecerem:

1 - Psicológicas : Reenquadramento

Baseado nos trabalhos de Leslie Cameron-Bandler em  “Emotional Hostage, em 1987, e Alfred Korzybski, “ Science and Sanity em 1933, todas as emoções necessitam de tempo para expressarem o seu significado, assim uma mudança  na perspectiva temporal reenquadra a emoção. A emoção é reenquadrada e assim desaparece pois muda o seu significado.

2. Metafísicas : (Ilusão)

Baseados na metafísica pensamos que só existe uma emoção real no Planeta - o AMOR. Todas as emoções negativas são derivadas do MEDO e são uma ilusão, assim uma mudança na perspectiva temporal mostra como a emoção é uma ilusão e desaparece.

3. Física Quântica:

Baseado nos trabalhos da física quântica e Cálculo, a posição # 3 (uma técnica específica usana na terapia)  é multi dimensional, neurologicamente oposta ao “AGORA”. O que acontece é que a posição actua como anti-matéria e as fronteiras neurológicas da emoção no corpo desaparecem.

Uma das perguntas frequentes em relação à libertação de emoções negativas, tem a ver com “acreditarmos” que elas são necessárias para nos protegermos.

A raiva e o medo são respostas secundárias que vêm da resposta instintiva Flight ou fight – Ou seja, respostas instintivas para fugir ou lutar quando estamos em perigo. E nós teremos sempre os instintos primários de protecção, não precisamos da raiva e do medo que nos fazem mal.


Create Your Future

Create Your Future® é outro nome usado pela Tad James CA para a Time Line Therapy® e é também uma técnica específica dentro da Time Line Therapy ®, que usa a linha do tempo no futuro para estabelecer objectivos.

Porque funciona ...

Funciona devido ao Sistema de Activação Reticular. O Sistema de activação reticular é uma parte do nosso cérebro  que funciona como uma bússola. Lembra-se do último carro que comprou e, de repente ter começado a reparar numa série de carros da mesma marca? Ou, quando esteve grávida, de repente “todas as mulheres do mundo estavam grávidas” pois a todo o lado que ia reparava em mulheres grávidas? O nosso cérebro tem uma capacidade incrível de encontrar e criar tudo aquilo em que nos focamos. A nossa atenção determina a sua direcção.

O Sistema de Activação Reticular, (RAS), irá procurar semelhanças, logo, o nosso RAS vai realmente ajudar-nos a alcançar os nossos objectivos, pois, através de filtros vamos encontrar possibilidades e oportunidades onde de outra maneira não encontraríamos. Assim, se “pusermos” objectivos no futuro vamos, mesmo inconscientemente,  estar à procura de os realizar.

“The Conscious Mind is the goal setter and the unconscious mind is the goal getter”

A Terapia da Linha do Tempo® é um processo especial, rápido e efectivo para transformar a cadeia de acontecimentos que têm como resultado comportamentos ou Estados Interiores negativos. A rapidez com que são efectuadas as mudanças efectivas surpreende os seus utilizadores.
 

(Toda a informação usada neste texto foi retirada do manual de Time Line Therapy® de Tad James e do seu livro “Time Line Therapy and the Basis of Personality”)

 
Vera Braz Mendes (já agora, eu sou completamente throught time por isso, se marcarem alguma coisa comigo às 9h, considerem-se atrasados às 9h05m. :-) )


 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Para que serve a Astrologia?


Para que serve a Astrologia?




 
 
 


Muitas pessoas ainda percepcionam a astrologia como uma forma de predizer acontecimentos, como uma ferramenta disponível para “controlar” a vida ou, pelo menos, torná-la menos imprevisível. Todos temos necessidade de segurança, de certeza… necessidade de ter um senso de permanência. Historicamente e, ainda para muitos, a Astrologia servia para preencher estas necessidades. O desenvolvimento do Ser Humano e o desenvolvimento da sua complexidade psicológica fez com que, pelo menos do meu ponto de vista, não seja mais possível continuar a percepcionar a Astrologia desta forma limitadora. Se até há pouco tempo um homem nascia e vivia dentro dos limites ambientais e sociais, hoje já não é bem assim. Até há pouco tempo era fácil predizer acontecimentos – nascias escravo, escravo serias. Nunca o símbolo teve tanto poder como hoje. O símbolo ajuda-nos a percepcionar padrões, não acontecimentos… e os padrões podem tomar uma multiplicidade de formas. Ficar retido na forma limita a aprendizagem. Integrar e harmonizar o padrão potencia a liberdade. O símbolo é o meio que nos pode transportar para a maior viagem da nossa vida - o encontro connosco, o caminho para o inteiro. O ambiente e a sociedade podem ainda ter um papel limitador importante na nossa vida, mas ganhámos a liberdade da escolha. Para muitos esta liberdade ainda não é completamente consciente e, por isso, procuram no exterior realização. Procuram transformar o ambiente, as condições sociais… Procuram através do ter, alimentar a semente que está plantada em cada um de nós e que cada vez mais grita por fogo, ar, terra e água – a semente que nos leva à procura de Sentido, Propósito. Todos Somos e a Astrologia é uma linguagem que nos possibilita descobrir o que está a impedir, o que está a tapar e bloquear o que Somos. O auto-conhecimento possibilitado pela linguagem astrológica abre-nos um verdadeiro caminho de individuação, um verdadeiro caminho que nos possibilita ir no sentido da totalidade.

Hoje, há cada vez mais pessoas que procuram no desenvolvimento pessoal, no auto-conhecimento, um “caminho” que lhes traga respostas no sentido de encontrarem um significado, um propósito maior para a sua existência. Ver o Universo como uma ordem inteligente e ver a vida de cada um de nós com um propósito evolutivo dentro dessa ordem, abre-nos, de facto, possibilidades infinitas dentro do caos aparente do dia a dia. Nós mudámos e a Astrologia também.


“Antigamente, afirmava-se que o verdadeiro propósito da filosofia era a procura da essência e da natureza oculta das coisas manifestadas, com base no Amor à Sabedoria. Em termos actuais, isto poderia ser chamado de uma procura de um nível arquetípico da realidade. A despeito de todo o conhecimento que temos acumulado, não podemos encontrar significado em parte alguma, excepto nos campos que apontam para uma Unidade entre o Homem e o Universo. Esta Unidade e essa relação entre o Homem e o Universo são as únicas suposições sobre as quais a Astrologia está baseada” – In Astrologia, psicologia e os quatro elementos – Stephen Arroyo


"... tenho uma afectuosa consideração pelos astrólogos que lutam para estabelecer a astrologia sobre bases mais seguras e confiáveis, através de técnicas "científicas"; e, em especial, por aqueles que se propõem a "repensar a astrologia" em termos de conceitos mais filosóficos e harmónicos. A minha única meta ao propor esta abordagem "humanista" foi enfrentar as actuais tendências à despersonalização que tanto ameaça a nossa civilização ocidental, bem como situar a pessoa humana no lugar que lhe é devido na astrologia; isto é, bem no âmago das suas preocupações. Eu me interesso por pessoas, não por um sistema ou profissão – pessoas que vivem e se esforçam no sentido de realizar a totalidade do seu potencial de Ser, AGORA” – Dane Rudhyar Astrologia Tradicional e Astrologia Humanista.


A astrologia é uma linguagem simbólica e, o seu propósito não é tanto o que vamos encontrar no caminho, mas revelar-nos qual o nosso padrão energético. “O mapa simboliza o padrão das várias manifestações vibratórias que constituem a expressão individual neste plano de criação” (Stephen Arroyo). O objectivo está em permitir que as forças inconscientes se tornem mais conscientes e com isso, libertar o potencial criativo de cada um de nós.  

A Astrologia estuda a relação simbólica do Todo com a Parte, ao longo do Tempo. Cada um de nós traz um potencial para realizar. Trazemos também padrões que impedem a realização desse potencial. A astrologia é sobretudo uma ciência de ciclos…  tudo está sempre em processo e, como ensina uma das leis herméticas “Assim como em cima, assim é em baixo” “Assim na Terra como no Céu”. O “Céu” é uma representação simbólica do que se passa na Terra.

“Carl Gustav Jung mostrou, além de qualquer dúvida, que os principais agentes motivadores da vida, presentes na psique individual, e os padrões psicológicos globais, presentes em culturas inteiras, são factores arquetípicos na psique humana. Esses arquétipos são essenciais na camada psicológica da vida. Jung descreve os arquétipos como princípios universais que são a base e a motivação de toda a vida psicológica, individual e colectiva.

Tanto na Astrologia como na mitologia, esses princípios universais constituem o principal campo de estudo, sendo que a diferença entre elas está no facto de que a mitologia dá ênfase às manifestações culturais dos arquétipos, em vários planos. Enquanto a astrologia utiliza, como sua linguagem, os próprios princípios arquetípicos essenciais, para poder compreender as forças e as configurações fundamentais presentes tanto na vida individual quanto cultural.


Em qualquer cultura, o mito serve, idealmente, como uma força vitalizante, porque mostra o relacionamento do homem com uma realidade maior, mais universal. Os Deuses da mitologia (exactamente como os planetas da astrologia) representam forças e princípios vivos existentes no universo e na vida de cada um de nós” – Stephen Arroyo

Enquanto astróloga, identifico-me com uma abordagem Holística da Astrologia, onde o principal objectivo é integrar conscientemente o indivíduo no Cosmos. Tal como o Macrocosmos, o indivíduo (microcosmos) é uma unidade organizada onde estão presentes todas as forças do Universo.

Assim, no tipo de astrologia que pratico, não são os acontecimentos que são importantes, e sim, a atitude de cada um de nós perante os acontecimentos.

Neste tipo de Astrologia, não há lugar para julgamento, não há bom ou mau, sorte ou azar. Tudo É! E, por isso, assumirmo-nos como os grandes criadores da nossa vida dá-nos a responsabilidade das escolhas e a Liberdade da criação. Tudo vai estar dependente do significado que a cada momento atribuímos à experiência. A vida é vista como um todo, de forma ritmada, cíclica… tudo está em determinada fase de um ciclo, tudo está em constante processo. Cabe a cada um de nós ampliar a sua auto-percepção porque, na verdade, acredito que é a única forma de ampliarmos positiva e construtivamente a nossa experiência…. E tudo se passa em Mim no AGORA. Quanto mais consciência tivermos maior liberdade de escolha temos e menor previsibilidade haverá. A verdade é que, pelo menos da minha experiência, cada vez menos me importo com isso. A nossa auto-aceitação leva-nos à aceitação da vida e, com isso, passarmos a ser co-criadores da nossa realidade.


Venha o que vier não será maior do que a minha Alma”. Fernando Pessoa


 

Vera Braz Mendes

domingo, 5 de janeiro de 2014

Mago, Magus, Magi









Os três Reis Magos aparecem como sábios vindos do Oriente e guiados por uma estrela até ao local do nascimento do Menino Jesus, Rei dos Judeus, o Messias.
Dos magos pouco se sabe, quem eram, de onde vinham, quantos eram… da estrela muito se especula …. O que importa mesmo é o seu simbolismo.
Magia antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, é uma forma de ocultismo que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza. A magia tem características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contacto com os aspectos ocultos do Universo e da Divindade. A etimologia da palavra Magia, provém da Língua Persa, magus ou magi, que significa sábio. Da palavra "magi" também surgiram outras tais como "magister", "magista", "magistério", "magistral", "magno", etc.” – In Wikipédia.
É no Evangelho de S. Mateus que encontramos a única referência à existência dos Reis Magos. E, só no séc. VII é que lhe foram atribuídos nomes: Gaspar ("aquele que vai inspeccionar), Baltazar ("Deus manifesta o Rei") e Belchior/Melchior/Melquior ("meu Rei é luz"). No séc. XV é associada uma raça a cada um dos Reis Magos, de modo a representar toda a raça humana que se conhecia na época.
Na antiguidade, era costume oferecer-se ouro a um Rei, incenso a um Sacerdote e mirra a um Profeta. Por isso Belchior, de raça branca, ofereceu ouro reconhecendo-lhe realeza; Gaspar, representando a raça amarela, ofereceu-lhe incenso atribuindo-lhe divindade e, Baltazar, de raça negra, ofereceu mirra que representava a imortalidade.
Os Reis Magos são símbolos importantes das tradições natalícias. Guiados por uma estrela brilhante e ainda hoje misteriosa, chegaram a Jesus.
Os astrónomos ainda discutem sobre o que era a Estrela de Belém – Uma supernova? O cometa Haley? uma conjunção tríplice entre Júpiter e Saturno em Peixes? Ou ainda, uma série de sete conjunções, incluindo três entre Júpiter e Regulus e uma muito próxima entre Júpiter e Vênus perto de Regulus ? A Estrela de Belém, pode ter sido também um alinhamento entre Júpiter, Saturno e Marte em Peixes. Fosse o que fosse, o importante é que os três sábios compreenderam que ela era um sinal divino, inaugurando uma nova era, a era de Peixes.

Os Reis eram na verdade homens sábios, provavelmente astrólogos e, por isso, o dia 6 de Janeiro é dia de Reis e dia do Astrólogo. Para muitos, nós astrólogos, somos ou começamos a ser “Magos que estudam os segredos da natureza e a sua relação com o homem”. Para outros, somos “magos” cheios de truques.  A verdadeira Magia está no nosso desenvolvimento integral enquanto seres, e está hoje em dia ao alcance de todos. Todos somos Magos, todos temos uma estrela interna que nos guia … alguns ainda não sabem que são.


Vera Braz Mendes