sexta-feira, 21 de junho de 2013

LUA


Lua



 


A Lua simboliza a nossa capacidade de sentir e de nos sintonizarmos com o meio ambiente. Representa a nossa vida emocional, o instinto e a auto preservação. Num Mapa Astrológico é símbolo do relacionamento com o feminino, com a imagem da mãe e com a procura de alimento (físico, psicológico, emocional).

O seu símbolo simboliza o vazio que falta preencher para chegar ao todo… carência… mas também receptividade. O semi círculo representa também a alma, o sentir, intuir.

No sistema solar, o Sol é central. Irradia luz, vida. No ser humano, a função que o Sol desempenha é a mesma, ou seja, é o centro integrador da consciência, gerador de luz. No mapa natal, o Sol ajuda-nos a tornarmo-nos nós próprios, é através dele que encontramos expressão. Se o Sol é o princípio masculino activo, Animus, a Lua é o princípio feminino passivo, Anima. Sol e Lua, símbolos da dualidade; dia/noite, feminino/masculino, consciente/inconsciente, activo/passivo, emanador/receptor…

A sua natureza mutável, cíclica, ligou-a desde sempre à ideia de um mundo sempre em movimento, inconstante, ao arquétipo feminino, à maternidade, ao alimento, às emoções e aos afectos. A lua é receptiva e passiva por natureza, não tem luz própria, reflecte a luz solar e serve de mediador entre o Sol e a Terra. A sua natureza nocturna conectou-a com a escuridão, medo, sombra, reserva, perigo. Por isso, num mapa natal, a Lua representa também os nossos medos profundos e os padrões instintivos de comportamento reactivo que adoptamos quando nos encontramos em circunstâncias que põem em causa a nossa segurança emocional. O nosso sistema de segurança emocional, auto-preservação, constitui-se na infância – até aos quatro anos. É a Lua que nos diz sobre que sistema é esse. Nos primeiros meses de vida, na percepção da criança, ela e a mãe ainda são uma coisa só. A mãe é todo o nosso universo, é através dela que captamos o mundo. Somos dos únicos animais que nasce frágil e dependente, precisamos da mãe para sobreviver. Esta dependência é a matriz de nossa consciência lunar.

A Lua, representa a nossa infância, o lar, a nossa mãe e, principalmente o que é que precisamos para nos sentirmos emocionalmente seguros.

 “(…) O bebé se aconchega no útero materno que é representado astrologicamente pela Lua, e dessa Lua ele depende para o seu desenvolvimento emocional e sentimental. É o elemento água, leite, alimento que está representado na Lua. Assim que o bebé nasce, vai para o colo da mãe para receber calor, alimento e amparo. Se esta mãe o rejeitar, se ela lhe faltar, se ela não o alimentar, o bebé terá sérios problemas psicológicos na fase adulta, mesmo sem o saber conscientemente. De fato, a Lua representa o lado psíquico inferior - o EGO - e faz parte da personalidade da pessoa. Os psicólogos sabem muito bem que os traumas da infância ficam escondidos no nosso subconsciente para sempre!

A Lua representa o ambiente que acolheu o bebé nos primeiros anos de sua vida. Através do signo lunar, o astrólogo pode concluir que tipo de mãe, que infância e onde o cliente passou os primeiros anos de vida, qual o ambiente que o cercou e que foi formador do lado emocional de sua personalidade.” .” O que significa a Lua no nosso Mapa Astral? Texto de : Graziella Marraccini publicado no site Somos Todos Um

 

Conhecer o signo, casa e aspectos da nossa lua natal é muito potenciador. A Lua, convida-nos a olhar para dentro de forma a curar o nosso mundo emocional. Convida-nos a perguntar de que forma é que nos relacionamos com as nossas emoções. O que é que precisamos para nos sentirmos seguros? Em que areias se movem as fundações emocionais do nosso Ser? Sólidas… movediças…? Como é que nos relacionamos com a nossa criança interior. Como é que nos alimentamos emocionalmente?

 

A imaturidade emocional e a dependência nos relacionamentos são sinais de uma lua não integrada, e isto está associado com a insegurança interior e a instabilidade pessoal, devido a uma falta de confiança em si mesmo e nos outros. A falta de integração pode ser revelada de duas formas distintas. A primeira é a expressão emocional distorcida, e a segunda envolve repressão.” In “A Rainha da Noite – Explorando a Lua Astrológica – Haydn Paul.

 

A Lua é o princípio feminino dentro de cada um de nós, independentemente do nosso sexo. Representa a nossa capacidade para nos sentirmos amados … ou não. É a nossa fundação emocional, os nossos padrões.... muitas vezes a sombra. Representa os instintos que nos levam a ser reactivos para obtermos alimento … amor.

 
Na água corre também memória e, por isso, a Lua representa também as emoções vividas em experiências anteriores – daí a sua ligação ao passado, à infância,. Na água corre seiva… ADN… karma biológico que nos liga à família.

Metafisicamente, a Lua representa o vazio da Alma… carência e, ao mesmo tempo, é também um veículo da Alma Espiritual.


“(…) é pelo sentimento profundo de ligação com a vida e pela imaginação criativa que a natureza humana se transcende. (…) A Lua, símbolo mortal da alma humana, representa a personalidade que aspira à totalidade do ser. No seu aspecto mais carente representa o não-ser, o vazio existencial que é necessário preencher, o que nos faz falta para sermos completos (…) No seu aspecto primário, a Lua está directamente relacionada com e dependente do nível dos instintos básicos. Estes são sobretudo aspectos biológicos, tribais, rácicos. A este nível estamos dependentes do Karma colectivo, seja ele a família, a nação a sociedade. À medida que vais percorrendo o caminho da individuação, o ser individual vai-se libertando progressivamente dos elos que o prendem à forma e à matéria. Tal como na via alquímica, a energia vai-se depurando e sublimando, as diversas personas vão dando lugar a personalidades cada vez mais refinadas que permitem a entrada da expressão vibratória do nível superior da alma. Neste plano, a imaginação liberta-se do seu lado mais caótico e ilusório para reflectir os níveis de criatividade e de originalidade, reflectindo a síntese ou simbiose do casamento alquímico entre o Sol e a Lua, entre consciente e inconsciente. ” (In Guia de Interpretação Astrológica – Luis Resina).

 

A Lua pode e deve ser o veículo, a forma, de expressão do potencial criativo do Sol.

 
A Lua, nocturna, misteriosa e ligada ao feminino e fertilidade, suscitou desde sempre e em todas as culturas vários mitos e ligação a várias deusas. Em tempos antigos, sobretudo no paganismo, era a Grande Mãe Universal, indubitavelmente ligada ao aspecto feminino da divindade e também à Mãe Natureza.
Há várias deusas associadas à lua e muitas vezes, associadas à sua manifestação tríplice (lua nova; crescente e minguante e cheia).
 
Na mitologia grega temos:
 
Selene (Luna em Roma)
Deméter (Ceres em Roma)
Artemisa (Diana em Roma)
Hécate

A Lua, é a taça vazia que procuramos preencher. O Sol é uma fonte de luz permanente.

 

Deslocação diária: Cerca de 13,5 graus por dia, tem um ciclo de mais ou menos 28 dias, mudando de signo de 2,5 em 2,5 dias.

Retrogradação: Não ocorre

Casa associada: Quatro

Signo que rege: Caranguejo

Elemento: Água

Qualidades Primitivas (astrologia Tradicional): Fria e húmida – Feminina e Passiva

Exaltação: Touro

Detrimento: Capricórnio

Queda: Escorpião

Cores associadas: Prata, azul claro, branco, verde água

Dia da semana: Segunda-feira

Idade da vida mais representativa: Bebé dos 0 aos 4 anos

 

Palavras-chave positivas – adaptabilidade, receptividade, emoções, sensibilidade, variabilidade, imaginação, intuição, subtileza, maternidade, mãe, alimento, nutrição, protecção, mudança, diversidade.

 

Palavras-chave negativas: inércia, agitação, inconstância, reserva, confusão, dependência, indefinição, irrealismo, condicionalismo, imaturidade, “birra”, desconfiança, reactividade.

 

 

Vera Braz Mendes

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Coragem de Leão



"As metáforas que usamos, se decidirmos olhar para a riqueza do seu simbolismo, permitem-nos conhecer e entender a nossa vida de uma maneira completamente nova. Nelas estão contidas as nossas crenças, os nossos valores, a forma como filtramos a realidade."



Por vezes forte, coragem de leão, às vezes fraco, assim é o coração, diz-nos Pedro Abrunhosa numa música lindíssima. Se eu tivesse que descrever a minha vida numa frase, esta seria uma boa frase. Se eu tivesse que descrever a minha vida em seis palavras… Coragem, coração e determinação de leão.

 E tu? Como é que descreverias a tua vida em seis palavras?

Na semana passada, andava a pesquisar no site da Oprah, quando encontrei uma referência a um artigo na O Magazine que propunha exactamente este desafio: descrever a nossa vida em seis palavras – The Six-Word Memoir. Este desafio tinha sido primeiro lançado em 2006, pelo escritor e editor Larry Smith na sua publicação on-line Smith Magazine, e duraria um mês. Cinco anos depois, continuavam a chegar frases.

As metáforas que usamos, se decidirmos olhar para a riqueza do seu simbolismo, permitem-nos conhecer e entender a nossa vida de uma maneira completamente nova. Nelas estão contidas as nossas crenças, os nossos valores, a forma como filtramos a realidade. Levamos o dia todo, a vida toda a utilizar metáforas e, na maioria das vezes, nem nos damos conta da verdadeira natureza do seu simbolismo. Nem nos damos conta que se tomármos as metáforas que utilizamos no dia-a-dia como descrições literais do nosso processo inconsciente, elas podem tornar-se numa ponte para uma maior auto-consciência. As metáforas podem criar-nos insights ou podem limitar-nos, elas podem libertar-nos ou aprisionar-nos. Se alguém te diz que “carrega o mundo nos ombros”, que imagem é que tens dessa pessoa? Que imagem é que ela tem de si própria?

Que metáfora utilizarias para descrever a tua vida em seis palavras? Se eu te perguntasse quem tu és, que metáfora escolherias?

Toma nota das metáforas que utilizas, escolhe-as bem. Pára por um segundo, pega numa folha de papel e escreve uma metáfora sobre ti. Tu és como o quê? Que imagens vêm do teu inconsciente? O que é que a metáfora diz sobre ti? És como um rio com pedras e desvios?…. És como o mar? Calmo? Agitado? A metáfora liberta-te ou aprisiona-te? O que é que te impede de mudar?

Exercício

A caixa mágica

1 – Arranja uma caixa de madeira com tampa e um espelho.

2 – cola o espelho no fundo da caixa.

3 – Decora a caixa como quiseres.

Agora… pssst… vou contar-te um segredo…

Esta é uma caixa mágica. Nela está guardada para sempre a coisa mais importante do mundo…

Sempre que te esqueceres do que no mundo é mais importante, abre a caixa e olha lá para dentro.
 
 
 
 
 
 
 
 
Vera Braz Mendes
 
 
 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Andamos à procura das diferenças ou das semelhanças? Preconceitos contra a PNL.


Andamos à procura das diferenças ou das semelhanças? Preconceitos contra a PNL.

 
 


Ninguém detém a verdade. Se estivermos atentos e vivermos a nossa vida à procura do que em nós é semelhante em vez de diferenças, podemos constatar a universalidade das “leis”. Cada vez mais o que nos separa é menor. Na maioria dos conceitos universalistas que conheço… do taoísmo filosófico …. à PNL, os princípios fundamentais são, ou podem ser, equiparados. Sermos inteiros, Unos, Divinos.


“Os nossos corpos são os nossos jardins… as nossas vontades são os jardineiros.” William Shakespeare

 
A PNL tem como finalidade o desenvolvimento pessoal. Oferece uma visão sobre as estruturas e os processos inconscientes que formam a base daquilo que cada um de nós chama a (sua) “realidade”.


Tem sido para mim surpreendente o preconceito que tenho encontrado em pessoas com uma visão “espiritualista” da vida em relação à PNL. O argumento é que a PNL é muito “mental”. Não tem sido nada surpreendente constatar que, na maioria das vezes, não sabem muito bem o que é a PNL. Para não falar do julgamento, esse sim, muito pouco espiritual. Quebrar preconceitos, conceitos previamente estabelecidos, é uma das bases fundamentais para a evolução humana… Todos os caminhos que me ajudam a descobrir o que cobre quem SOU e que, no final do dia me permitem estar um passo mais perto da essência são o quê senão espirituais?

Podia definir aqui PNL, não o vou fazer. Basta uma simples pesquisa no Google… PNL é simples – trata-se de mudança e, a mudança principal, é pôr-nos no lado da CAUSA da nossa vida.

Não criamos conscientemente tudo o que nos acontece mas, as nossas escolhas, inconscientes e conscientes, levaram-nos ao ponto onde estamos hoje. No minuto em que aceitarmos isto abraçaremos a vida.

No campo da PNL, Richard Bandler costumava dizer: “Quem é que está a guiar o teu autocarro?”. Na verdade, esta é uma excelente pergunta, “quem é que está encarregue dos resultados que produzimos?”

Se estiverem no lado da CAUSA na nossa vida, seremos nós os responsáveis por ela. Se estivermos no lado do EFEITO, teremos muitas e muitas razões para justificar porque não somos, temos, fazemos… Na vida, o lado da razão não é na verdade o melhor lado para se estar, é o mais confortável, mas não é de certeza o lado mais poderoso para se estar. A verdade é que, se nos mudarmos do lado do EFEITO para o lado da CAUSA, vamos definitivamente transformar a nossa vida.

 
Há um ponto comum na grande maioria das pessoas que fazem uma certificação em PNL ou que fazem processos com técnicas de PNL -  ficam mais espiritualizadas (o que quer que isto signifique para cada um). Quando descobrimos a nossa verdadeira essência, mesmo que seja um pequeno vislumbre dela, não há como voltar atrás e, portas que antes se encontravam fechadas começam a abrir-se. Ganhamos Propósito e a certeza de que possuímos dentro tudo o que necessitamos. "Quando o discípulo está preparado o mestre aparece". Sentimo-nos “não como uma simples unidade do nada, mas como uma parte do Todo”.

 

Pressupostos da PNL

Hoje, a PNL é usada em muitas abordagens. Partes e modelos são retirados e usados em formações de vendas, liderança, comunicação... Nestas abordagens perde-se o fundamental da PNL: os seus Pressupostos e Princípios.
 
Os pressupostos da PNL são crenças que adoptamos e que estruturam a nossa realidade enquanto fazemos os processos e aplicamos técnicas de PNL. São assumpções. Não são necessariamente verdade, são crenças que filtram as nossas percepções e que acreditamos nos potenciam os resultados.

Nós temos um enorme potencial que muitas vezes não é consciente. O que temos de fazer, é destapar o que cobre para que cada um de nós tenha acesso à sua magnificência.

§        Respeite o modelo do Mundo de cada um.

§         O significado da comunicação é a resposta que se obtém.

§         Corpo e Mente influenciam-se um ao outro

§        O mapa não é o território. As palavras que empregamos não são os acontecimentos que representam.

§         A informação mais importante sobre alguém é o seu comportamento.

§        O comportamento é transformável e o comportamento actual é a melhor escolha que se tem no momento.

§         O comportamento de alguém não é a pessoa (aceite a pessoa e transforme o comportamento)

§         Não há pessoas sem recursos, há pessoas que não empregam os seus recursos. Todos temos os recursos que necessitamos

§         Sou responsável pela minha Mente e portanto pelos meus resultados.

§        A parte do Sistema (pessoa, organização), com o comportamento mais Flexível dominará o Sistema.

§         Errar não existe só existe Feedback..

§         Resistência num cliente é sinal de falta de Rapport. Não há clientes de má vontade, há sim comunicadores inflexíveis.

§         Todo o comportamento e toda a transformação devem ser avaliados em termos de contexto e ecologia.

§        Todos os procedimentos devem ter como fim aumentar a escolha

§        Todos os Procedimentos servem para a união e para expandir a totalidade em nós

§        As coisas são o que são

 

 Princípios Básicos da PNL


Percepção é projecção

O sistema nervoso central não conhece negações

Causa Efeito

Convicções ilimitadas

All learning behavior change is unconscious

 

 


Vera Braz Mendes